FILHA DO MÚSICO SÉRGIO RICARDO É RECEBIDA PELO PRESIDENTE DO MIS RJ

• 26/09/2024

Marina de Castro Lutfi, filha do músico Sérgio Ricardo, foi recebida pelo presidente Cesar Miranda Ribeiro, ontem (25/9), na sede do MIS Lapa. O motivo da visita foi iniciar uma primeira conversa referente à possível doação do acervo do seu pai, além de conhecer as instalações do Museu da Imagem e do Som e diversos setores e acervos importantes, como a Coleção "Na Cabeça do Zé - Acervo José Wilker". Participaram da reunião, a diretora técnica operacional, Úrsula Resende e a gerente de produção, Márcia Benazzi.

“O MIS RJ amplia horizontes de atuação cada vez que recebe a sinalização de uma possível doação para a nossa instituição, como é o caso do acervo de Sérgio Ricardo, artista múltiplo que atuou continuamente por mais de 70 anos em diferentes áreas como a música, cinema, rádio e televisão, tendo contribuído de maneira significativa para a Cultura Brasileira”, afirmou Cesar Miranda Ribeiro.

Marina idealizou o projeto “Sérgio Ricardo Memória Viva”, juntamente com uma equipe multidisciplinar, disponível em https://sergioricardo.com , onde é possível acessar mais de 5 mil itens sobre a trajetória do artista brasileiro, através do seu acervo iconográfico, musical, literário, textual e audiovisual, possibilitando um mergulho na extraordinária obra de Sérgio Ricardo. Colorido, expressivo e criativo, repleto de imagens e sons que revelam as suas produções artísticas e culturais em mais de 7 décadas de trabalho, o acervo digital diz em seu texto – “Sérgio Ricardo compôs, cantou, roteirizou, pintou, atuou, fez do povo brasileiro poesia, imagem e melodia em diversas formas de expressão. Sempre esteve junto das pessoas, abrindo espaço para trocas, reunindo novos olhares, convocando transformações. Sérgio é múltiplo e sua obra é falada no plural”.

Em 22 de março de 1972, Sérgio Ricardo deixou seu testemunho em áudio eternizado no Museu da Imagem e do Som ao participar da série “Depoimentos para a Posteridade”, quando falou da infância, os primeiros contatos com a música, o estudo de piano, cantou música sua feita aos 15 anos, a vinda para o Rio, o incentivo de Tom Jobim, o início da carreira de ator, as radionovelas, a influência de Dorival Caymmi, a Bossa Nova, a relação com o cinema e as trilhas sonoras, o casamento com Ana Lúcia, e muitos outros episódios marcantes narrados em primeira pessoa. Participaram desse depoimento como entrevistadores, Ziraldo, Braga Filho, Juarez Barroso, Ricardo Cravo Albin e Albino Pinheiro. Quase 30 anos depois, em 22 de setembro de 1999, Sérgio Ricardo registrou para a posteridade o seu segundo depoimento, dessa vez em imagem e som, falando sobre os seus 50 anos de carreira, as trilhas sonoras para novelas, censura, perseguição, roteiros para cinema e teatro, a briga com Flávio Cavalcanti, as pinturas, como conheceu Chico Buarque, o espetáculo com Chico de Assis e muito mais. Estiveram presentes como amigos convidados, Sérgio Cabral, Luis Antonio Karan e Ricardo Cravo Albin.

O MIS RJ tem em seu acervo, além dos dois “Depoimentos para a Posteridade”, um rico material sobre o músico em diferentes Coleções, distribuído em diversos setores, como iconográfico, partituras, textual, sonoro e audiovisual, totalizando 351 itens. Preservar o legado de talentos gigantescos da nossa cultura, como Sérgio Ricardo, é missão do museu que salvaguarda desde 1965, a memória e a história de grandes personalidades que ajudaram a construir a nossa Identidade Nacional, e que merecem o conhecimento das novas gerações. Para acessar fotos, músicas, partituras, documentos textuais e vídeos do artista, basta enviar e-mail para saladepesquisa@mis.rj.gov.br e agendar uma visita ao Centro de Pesquisa, Memória e Documentação Ricardo Cravo Albin.

Publicado em 26/09/2024 por Márcia Benazzi